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Dessecadores para laboratório: Quais os tipos e diferenças entre eles?

Os dessecadores são peças fundamentais na rotina de qualquer laboratório que busca por precisão.

Os dessecadores são peças fundamentais na rotina de qualquer laboratório que busca por precisão e pela integridade de seus resultados.

 

O vapor de água presente no ar é capaz de alterar a massa, a composição e a reatividade de muitas substâncias. 

 

Nesse cenário, os dessecadores mostram seu enorme valor, protegendo a estabilidade e a pureza dos materiais.

 

Ao longo deste conteúdo, vamos focar nos dois principais tipos de dessecadores de vidro e entender as suas principais diferenças. Continue conosco e saiba exatamente quando cada um é mais indicado!

 

Quais são os principais tipos de dessecadores?

Embora o princípio básico seja o mesmo, os dessecadores de laboratório se dividem em dois tipos principais, definidos pelo design de suas tampas, que ditam sua aplicação e capacidade de secagem.

 

Resumidamente, um dessecador é um recipiente robusto, quase sempre de vidro borossilicato espesso, projetado para criar um ambiente interno com umidade controlada e extremamente baixa. 

 

Sua estrutura é composta por uma base, onde fica o agente secante ou dessecante, como a sílica-gel, e uma placa de porcelana perfurada, onde as amostras são colocadas.

 

A vedação entre a tampa e a base é indispensável e é feita por bordas de vidro esmerilhado, lubrificadas com graxa de silicone. Agora, vamos focar nos dois modelos que derivam dessa estrutura.

 

Dessecador com tampa de luva (tipo padrão)

Esse é o modelo mais comum e tradicional de dessecador. Sua identificação é fácil, visto que a tampa é sólida, pesada e possui um acessório (chamado de "luva") de vidro na parte superior, que serve exclusivamente para facilitar o manuseio.

 

Mecanismo de vedação

A vedação hermética depende inteiramente da qualidade do polimento das bordas de vidro, da aplicação correta da vaselina e do próprio peso da tampa.

 

Condições de operação

Ele opera exclusivamente em pressão atmosférica (pressão ambiente). Sua função é manter passivamente o ambiente interno seco. 

 

Sendo assim, tentar aplicar vácuo nesse tipo de dessecador é extremamente perigoso, uma vez que ele não foi projetado para suportar a pressão diferencial e pode implodir.

 

Dessecador com tampa de torneira (tipo vácuo)

Esse modelo é uma evolução do padrão, projetado especificamente para uma secagem ativa e forçada. 

 

A característica que mais o diferencia é uma torneira, geralmente de vidro ou PTFE, localizada na tampa ou, em alguns designs, no corpo do dessecador.

 

Mecanismo de vedação

Apesar de também utilizar graxa de vedação, o fechamento hermético é auxiliado pela aplicação de vácuo. 

 

Desse modo, a pressão atmosférica externa "empurra" a tampa contra a base, criando uma vedação muito mais forte.

 

Condições de operação

Ele é feito para ser conectado a uma bomba de vácuo. Ao remover o ar interno, a pressão reduzida força a evaporação de umidade e solventes da amostra, tornando a secagem muito mais rápida e eficiente. 

 

Estamos falando de dessecadores mais robustos, que possuem paredes de vidro mais espessas para suportar o vácuo com segurança.

 

Quando usar cada tipo de dessecador? 

A escolha entre o modelo com tampa de luva e o de vácuo depende diretamente da necessidade de secagem e do tipo de amostra.

 

Uso do dessecador com tampa de luva 

O dessecador com tampa de luva é uma ótima escolha para a maioria das tarefas de armazenamento e resfriamento em condições normais. Em geral, ele é mais indicado para:

 

Resfriamento de cadinhos

Na análise gravimétrica, após um cadinho ser aquecido em forno ou mufla, ele precisa esfriar até a temperatura ambiente antes de ser pesado. 

 

Esse dessecador é perfeito para isso, evitando que o cadinho quente absorva umidade do ar durante o resfriamento.

 

Armazenamento de curto a médio prazo

Ideal para guardar reagentes e padrões de referência que são sensíveis à umidade do dia a dia, mas que não precisam de uma secagem forçada. 

 

Rotinas de laboratório

O dessecador padrão é recomendado para a maioria das aplicações que não exigem a remoção ativa de solventes.

 

Uso do dessecador com tampa de torneira 

O dessecador com tampa de torneira é utilizado quando uma secagem mais rápida, profunda ou forçada é necessária. Dito isso, podemos dizer que ele é mais indicado para:

 

Secagem rápida de amostras

Ao retirar o ar de dentro do recipiente, a pressão interna é drasticamente reduzida. Isso diminui o ponto de ebulição dos líquidos, como a água ou solventes residuais.

 

Remoção de solventes

O vácuo "puxa" ativamente a umidade e os vapores de solvente para fora da amostra, permitindo que o dessecante na base os capture com muito mais eficiência.

 

Secagem de substâncias muito higroscópicas

Quando é preciso garantir o nível mais baixo possível de umidade, que a secagem passiva (apenas com o dessecante) não alcançaria.

 

Armazenamento de longo prazo

Para amostras extremamente sensíveis que precisam ser mantidas em um ambiente inerte ou de vácuo.

 

Boas práticas de limpeza e manutenção dos dessecadores

A duração dos dessecadores depende de sua manutenção. Dessa forma, a limpeza regular do vidro deve seguir os procedimentos normais de lavagem de vidrarias de laboratório.

 

No entanto, a manutenção mais importante é a da graxa e do dessecante. De tempos em tempos, a graxa antiga deve ser totalmente removida das bordas com um produto certo (como um solvente), e uma nova camada fina deve ser aplicada.

 

O dessecante deve ser vigiado. Assim que a sílica mostrar que está cheia de umidade, ela deve ser removida e recuperada conforme as instruções (normalmente, em estufa a 120-150 °C) até que sua cor original volte. 

 

Afinal, um dessecante que não funciona mais transforma o dessecador em um simples pote, incapaz de proteger as amostras.

 

Por que escolher as vidrarias da Qualividros?

A Qualividros entende a responsabilidade que acompanha cada vidraria. Sendo assim, ao escolher os nossos dessecadores, laboratórios de pesquisa, análise e instituições de ensino investem em durabilidade e, acima de tudo, em resultados confiáveis. 

 

Há mais de duas décadas, demonstramos o nosso compromisso com a ciência ao desenvolver vidrarias que aguentam o uso do dia a dia e protegem o progresso de cada descoberta.

 

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